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Exposição Manuel da Fonseca

Vai estar, a partir de quarta-feira, e durante uma semana, na biblioteca da nossa escola, uma exposição dedicada ao escritor Manuel da Fonseca.
A exposição, cedida pelo museu do Neo-realismo de Vila Franca de Xira, a pedido do professor de Português José João Lucas e da professora bibliotecária Fernanda Cabral (da Escola n.º 2 da Mealhada), irá circular pelas três bibliotecas escolares das escolas de 2.º e 3.º ciclo e secundária do nosso agrupamento e Biblioteca Municipal.
Manuel Lopes da Fonseca nasceu em Santiago do Cacém, em 1911. . Desde muito cedo, por influência do pai, se iniciou no mundo da leitura. Na escola, cultivava a sua paixão pela escrita. Fez os estudos secundários em Lisboa, tendo-se dedicado desde cedo ao jornalismo. Em 1925 publicou num semanário de província os seus primeiros versos e narrativas.
Iniciou-se em poesia com a publicação de Rosa dos Ventos (1940) e na ficção, com os contos Aldeia Nova (1942). Ligado ao neo-realismo, evoluiu no sentido de um regionalismo crescente, ligado ao seu Alentejo natal, retratando o povo desta região e a miséria por ele sofrida. Contestatário e observador por natureza, a sua escrita era seguida de perto pela censura.
Colaborou em várias publicações, de que se destacam as revistas "Afinidades", "Altitude", "Árvore", "Vértice", "O Pensamento", "Sol Nascente", "Seara Nova", os jornais "O Diabo" e "Diário" e fez parte do grupo do "Novo Cancioneiro".
Escreveu, para além das obras referidas, os volumes de poesia "Planície" (1941), "Poemas Completos" (1958), "Poemas Dispersos" (1958), os contos "O Fogo e as Cinzas" (1951), "Um Anjo no Trapézio" (1968), "Tempo de Solidão" (1973), "Crónicas Algarvias" (1986), e os romances "Cerromaior" (1943), e "Seara de Vento" (1958). Colaborou também no jornal "A Capital" em 1986, com as "Crónicas Algarvias". Preparou ainda a "Antologia de Fialho de Almeida" (1984). Manuel da Fonseca faleceu em 1993, com 81 anos.

Celeste Leite (professora bibliotecária)

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